terça-feira, 27 de maio de 2008

INIMIGOS DA CIÊNCIA E DA HUMANIDADE

Gilberto Freire de Melo

Com uma mentalidade que antecede a lendária Arca de Noé, vetustos pregadores religiosos, classificados por Saulo Ramos - o augusto autor de Código da Vida - como "sobreviventes das cavernas e parte da igreja católica que ainda combate Galileu", que, em nada contribuíram nem contribuem para a melhoria da qualifdade de vida da humanidade, fazem ferrenha oposição ao progresso da ciência na hora do anúncio esperançoso da cura, da reparação e recuperação de órgãos do corpo humano que, lesados, danificados, condenam à morte seus infelizes portadores que não contam com outra esperança, sequer a piedade divina.
Tresandando alguns anos ou séculos até, poderíamos fazer lembrar a esses inimigos da ciência e da humanidade - por que não dizer? - que estão perdendo a oportunidade do perdão, que apregoam, de suas culpas ns execução de nove milhões de judeus de seres humanos pela Inquisição e na cremação de seis milhões de judeus - diga-se cristãos - que Hitler levou vivos aos fornos crematórios nazistas, sob a complacência e lava-pmãos do Santo Padre Pio XII, em apoio incontestável ao Eixo - Alemanha, Itália e Japão -, na Segunda Guerra Mundial.
Negociando, hoje, o seu apoio ao uso benéfico, pela ciência, dos milhões de células-tronco embrionárias, que os opositores não sabem justificar sua permanência em frigoríficos industriais, os pretensos defensores da fé teologal bem que poderiam trocar esse apoio por indulgências celestiais - aquelas em que há bem pouco tempo ofereciam a quem optasse por serviços e adesão a um reino divino que pretendiam lhes pertencesse e ainda pretendem lhes pertençam como mercadoria negociável.
Essas indulgências que ofereciam em número crescente, proporcional ao volume do sacrifício ou do empenho dos devotos, bem que poderiam servir-lhes na reconsideração das próprias culpas acumuladas desde a Ordem dos Templários, passando pelas Afrenas Romanas e pela Inquisição que o Vaticano teima em chamar "Santa Inquisição", enquanto não se lhe aplica um puxão de orelhas como aquele de João XXIII que fez extinguir de uma certa oração religiosa a expressão "Pérfidos judeus" que alguém, além de nós, deve lembrar-se, é claro!