quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

ZELITO CORINGA PARTICIPA DAS GRAVAÇÕES DE PASSIONE, PRÓXIMA NOVELA DA GLOBO.







O Potiguar Zelito Coringa, artísta de sangue puramente nordestino começa 2010 expandindo o seu talento e buscando novos horizontes artísticos. Prestes a retornar Carnaubais, a sua cidade natal no Estado do Rio Grande do Norte, que nos confessa o músico: Lá pretendo desenvolver nos próximos meses um grande projeto cultural em comemoração aos meus 10 anos de carreira solo. Zelito tem um CD autoral gravado, faz trilha para teatro, cria instrumentos, escreve cordel, usa afinações alternativas, e é integrante do Bendita Companhia, parceiro de Marcoliva e Tatiana Cobbett. Conheci Zelito em meio à correria das gravações de Passione, sujeito de enorme criatividade, artista que o Brasil precisa conhecer. Ele nos disse ainda que estava de passagem pela Ceagesp onde recebe o convite para participar das filmagens dos primeiros capitulos da próxima novela das oito de Sílvio de Abreu, com estréia prevista para 05 de Abril. O maior entreposto de abastecimento de alimentos do Brasil será o pano de fundo para essa novela da globo. A protagonista é Candê (Vera Holtz), comerciante de verduras, "Baronesa da Ceagesp". Reynaldo Gianecchini e Bianca Bin serão seus filhos, Fred e Fátima. Além das cenas com os atores, feirantes e figurantes, a Globo fez arquivo de imagens abertas do local para usar ao longo da trama. No final de fevereiro a equipe da Globo parte para a região da Toscana, na Itália, em que será ambientado o início da história. Paralela às locações internacionais, outra equipe estará concentrada no Projac para o início da produção em estúdio. Por Dávila Reis

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

GERALDO LUCAS EVANGELISTA, um capítulo novo na História do Brasil

Gilberto Freire de Melo

Quando Pe. João Penha chegou a Macau, pelo início da década de 50, do século passado, deu início à uma maratona de humanização dos seus fiéis, até então entregues a uma pregação religiosa milenar, endereçada ao homem das cavernas. Encontrou a população ativa de Macau ameaçada pela mecanização das salinas e a juventude entregue a ninguém, convivendo com um sistema de ensino que acabava no curso primário, o que não era diferente com o Vale do Açu, exceção feita à cidade pólo, que já contava com o Colégio “Nsa. Sra. das Vitórias”.
Começou despertando as lideranças sindicais, fortalecendo-as, e alertando a população para o problema de mecanização das salinas, um advento que chegou e cujos efeitos catastróficos ainda não foram superados. Criou o Grupo dos Escoteiros e partiu para um tipo de educação civilizatória, aliada ao curso ginasial que despertou na população um afoitismo até aí hibernado e animado pela única esperança de melhores dias quando chegasse ao Reino dos Céus.
A convocação dos habitantes, para o engajamento na olimpíada do conhecimento, despertou, especialmente nos jovens, o entusiasmo pelo movimento evolucionista e contagiou as paróquias vizinhas que se arrojaram na campanha prioritária da humanização, absorvendo as orientações evolutivas de D. Hélder Câmara, o príncipe religioso que fez balançar os alicerces milenares do Vaticano e cujos efeitos não se estenderam para além da sua morte.
Pondo em seus lugares cada liderança surgente, Pe. Penha entregou a Geraldo Lucas o Grupo de Escoteiros que se debruçou sobre uma plataforma educacional evolutiva, priorizando a humanização e anunciando mudanças que se podiam reivindicar com os esforços próprios e que exigiam o despertar de um marasmo eminentemente maléfico ao futuro e aos destinos da população.
Afastando-se eventualmente da chefia dos escoteiros, Geraldo Lucas enveredou pelas vocações sacerdotais e foi para o seminário religioso, embalado pelas ações paroquiais do Vale do Açu, onde frutificava a predominância da humanização sobre a evangelização, comandada por Pe. João Penha., em Macau, Pe. José Luiz, em Pendências e Pe. Américo Simonetti, em Açu, que, tendo como base sustentável os sábios ensinamentos de D. Hélder, privilegiavam a busca do pão sobre o domínio da fé.
Assim, já no Seminário Maior, Geraldo Lucas, desencantado com a pregação da Igreja Católica Secular que dava a Bíblia a quem implorava o pão de cada dia, renunciou sacerdócio e voltou a se engajar no enfrentamento dos problemas que afligiam a população de Macau e do Vale do Açu.
Empenhou-se no trabalho de Pe. Penha e, com a experiência adquirida, foi convocado pela comunidade de Pendências para montar a infra-estrutura do Ginásio “Monsenhor Honório”, cuja criação já engatinhava e que era a menina dos olhos de Pe. Zé Luiz. Foi aí, já casado com a Professora Maria do Socorro, que fica rememorando essas batalhas cujos méritos não foram ainda atribuídos ou identificados, que viu, em 1967, a criação do Ginásio de Pendências, de que participou com todo o seu potencial..
Posteriormente, encontramo-lo Professor de História em Natal, com a mesma coragem que demonstrava, dando asas a informações até então engavetadas nas salas de aula, cujos professores não tinham autorização para repassar aos estudantes. E Geraldo ou Geraldão como passou a ser chamado por colegas e por alunos, teve o topete de revelar que D. João VI assaltou o Banco do Brasil, que Bernardo Vieira de Melo, Domingos Jorge Velho, os irmãos José e Manoel de Moraes Navarro, aliados aos “Bandeirantes Paulistas”, não passaram de seqüestradores de escravos, assaltantes e saqueadores dos bens dos índios, assassinando-os e estuprando suas mulheres que, não sendo batizados, não tinham alma, o que eximia esses carrascos de qualquer pena por crime ou pecado, além de várias outras classificações criminosas que minimizariam os pecados dos atuais Fernandinhos-Beira-Mar e seus asseclas.
Foi esse o Geraldo Lucas que conhecemos e que, aliado aos seus contemporâneos, repetiremos este depoimento em qualquer instância ou tribunal.