
AO POETA ANTÔNIO FRANCISCO -
Nas Sete Linhas do Cordel Xilogravado
Zelito Coringa (*)
Quando a viola atiça
O entrançado das rimas
E uns três contos de réis
Ofertados para as primas
Com seus trejeitos tonais
Pelos arpejos risais
No jardim das pantomimas
E o girassol dos versos
Se abrindo de bondade
Na janela do improviso
Com toda velocidade
Faz voar o tamborete
Onde o pé de parede
É palco da felicidade
Nessa hora os presentes
Batendo palmas de mão
E todo bem que existe
Salta do seu coração
Tirando da inteligencia
Na rapidez da urgencia
Montado no seu bordão
Feito a cigarra e a Jia
Rezando sua novena
Pedindo ao pai do céu
Gotas de água serena
E quase morto de sede
O sertão chora na rede
Nos braços da Quarentena
E a familia se ofende
Da tirania da fome
Os filhos de Zé Ninguém
Não vou dizer sobrenome
Magricelas e sambudos
Foram buscar nos estudos
O pincel que pinta o nome
Quando alguém na multidão
Nomeiam de vagabundo
Por viver de praça em praça
Com uma viola sem fundo
Tocando a simplicidade
Sem pensar em vaidade
Livre das grades do mundo
Certamente é esta a sina
Do cantador de repente
Que mesmo sendo sofrida
Ofereçe de presente
A sua face pintada
Sempre pode ser tocada
Por qualquer mão inocente
Por nome Antôi de Nira
Lá da lagoa do mato
Vivo na face do riso
Brincando no seu regato
Nas estótrias fabulosas
Do livro das primorosas
Que ganhei depois de um trato
Desse conto estridente
Tocado em Si bemol
Dentro das linhas do mote
No caderno do arrebol
Fazendo a terra chover
Botando pra derreter
As sete brasas do sol
Quando o Máscara de Prego
Filho do rei invejoso
Tomou o canto da feira
Pensando ser fabuloso
Inventou falso talento
Fabricando com fermento
Asas do misterioso
Sem a leveza das penas
E as cores da verdade
Rimando pé de besteira
Desfazendo a humildade
Por mais de dez não me toque
Se maquiou no retoque
Com o batom da falsidade
Pensando ser Zé Limeira
Deus afamado no verso
Mais uma pedra certeira
Dum raio fez o reverso
Esticada rente ao gancho
E por entre o garrancho
Acertou o vil perverso
E zuniu no pé do ouvido
Daquele mente de sarro
A pedra da baladeira
Feita di’um torrão de barro
Bateu no peste traquino
Que partiu pisando fino
No cuspe do seu escarro
Foi simbora o descarado
Soltando o matulão
Sumindo de arrebate
De pés descalço no chão
Numa ponta de calçada
Vi meu Riso da risada
Mostrando seu chinelão
E falando da infância
Repleto de alegria
Sem pular fora do tempo
No compasso repetia
Que estava morto seu ego
Foi-se o Máscara de prego
Vencido na poesia
Já raiando quase o dia
O entrançado das rimas
E uns três contos de réis
Ofertados para as primas
Com seus trejeitos tonais
Pelos arpejos risais
No jardim das pantomimas
E o girassol dos versos
Se abrindo de bondade
Na janela do improviso
Com toda velocidade
Faz voar o tamborete
Onde o pé de parede
É palco da felicidade
Nessa hora os presentes
Batendo palmas de mão
E todo bem que existe
Salta do seu coração
Tirando da inteligencia
Na rapidez da urgencia
Montado no seu bordão
Feito a cigarra e a Jia
Rezando sua novena
Pedindo ao pai do céu
Gotas de água serena
E quase morto de sede
O sertão chora na rede
Nos braços da Quarentena
E a familia se ofende
Da tirania da fome
Os filhos de Zé Ninguém
Não vou dizer sobrenome
Magricelas e sambudos
Foram buscar nos estudos
O pincel que pinta o nome
Quando alguém na multidão
Nomeiam de vagabundo
Por viver de praça em praça
Com uma viola sem fundo
Tocando a simplicidade
Sem pensar em vaidade
Livre das grades do mundo
Certamente é esta a sina
Do cantador de repente
Que mesmo sendo sofrida
Ofereçe de presente
A sua face pintada
Sempre pode ser tocada
Por qualquer mão inocente
Por nome Antôi de Nira
Lá da lagoa do mato
Vivo na face do riso
Brincando no seu regato
Nas estótrias fabulosas
Do livro das primorosas
Que ganhei depois de um trato
Desse conto estridente
Tocado em Si bemol
Dentro das linhas do mote
No caderno do arrebol
Fazendo a terra chover
Botando pra derreter
As sete brasas do sol
Quando o Máscara de Prego
Filho do rei invejoso
Tomou o canto da feira
Pensando ser fabuloso
Inventou falso talento
Fabricando com fermento
Asas do misterioso
Sem a leveza das penas
E as cores da verdade
Rimando pé de besteira
Desfazendo a humildade
Por mais de dez não me toque
Se maquiou no retoque
Com o batom da falsidade
Pensando ser Zé Limeira
Deus afamado no verso
Mais uma pedra certeira
Dum raio fez o reverso
Esticada rente ao gancho
E por entre o garrancho
Acertou o vil perverso
E zuniu no pé do ouvido
Daquele mente de sarro
A pedra da baladeira
Feita di’um torrão de barro
Bateu no peste traquino
Que partiu pisando fino
No cuspe do seu escarro
Foi simbora o descarado
Soltando o matulão
Sumindo de arrebate
De pés descalço no chão
Numa ponta de calçada
Vi meu Riso da risada
Mostrando seu chinelão
E falando da infância
Repleto de alegria
Sem pular fora do tempo
No compasso repetia
Que estava morto seu ego
Foi-se o Máscara de prego
Vencido na poesia
Já raiando quase o dia
Recitou com mais apuro
Dizendo para a platéia
Lixo não é pé de muro
O verde em toda retina
É a terra nordestina
Em nossa visão de futuro
*Trechos do cordel (Inédito) - O GUARDIÃO DO RISO - Homenagem em Vida ao Poeta Antonio Francisco
Autor: Zelito Coringa – Multi Instrumentista,Compositor e Poeta – Poti-varzeano de Carnaubais/RN
Zelittocoringa@hotmail.com – 84-9999-7517 / 9117-2530
*Trechos do cordel (Inédito) - O GUARDIÃO DO RISO - Homenagem em Vida ao Poeta Antonio Francisco
Autor: Zelito Coringa – Multi Instrumentista,Compositor e Poeta – Poti-varzeano de Carnaubais/RN
Zelittocoringa@hotmail.com – 84-9999-7517 / 9117-2530
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